A Polícia Civil da Bahia deflagrou a primeira fase da Operação Mirakel, em Salvador, nesta quinta-feira (5). O objetivo é desarticular um grupo especializado em roubos de substâncias emagrecedoras injetáveis, conhecidas como canetas para emagrecimento, e prender os envolvidos.
Mirakel, nome da operação, significa “milagre” em dinamarquês, país onde um dos medicamentos roubados é produzido. De acordo com as apurações, o grupo atacou 23 farmácias nos bairros de Itapuã, Costa Azul, Armação, Pituba, Ondina, Barra, Graça, Cabula e Horto Florestal. O prejuízo causado pelos crimes, cometidos entre fevereiro e maio deste ano, é de aproximadamente R$ 2 milhões.
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Conforme as investigações, as lideranças do grupo corrompiam adolescentes para a prática criminosa, e alguns integrantes cometiam os roubos disfarçados de entregadores por aplicativo.
Operação em 10/05:
Um homem de 29 anos foi preso neste sábado (10), suspeito de roubar 40 unidades de Ozempic e Wegovy em uma farmácia do bairro da Pituba, em Salvador. Os medicamentos são usados para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, que não teve a identidade revelada, foi encontrado com um outro homem, em motocicletas diferentes. O comparsa conseguiu fugir. Segundo a polícia, as investigações seguem para identificar o segundo envolvido no crime e apurar a possível participação de outras pessoas.
Canetas de Mounjaro e Ozempic foram apreendidas em uma clínica particular, no dia 20 de março, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. De acordo com informações da Prefeitura do município, a apreensão aconteceu após uma denúncia de venda irregular de medicamentos na unidade de saúde.
Dez dias antes, a Receita Federal apreendeu 100 canetas do medicamento Mounjaro no Aeroporto de Salvador. Segundo o órgão, elas estavam escondidas embaixo da roupa de um passageiro de 22 anos. O suspeito, que nasceu em Vitória da Conquista, estava em um voo que tinha saído de Paris, na França.
O crime foi descoberto após o jovem ser selecionado pela equipe de vigilância para participar de uma revista pessoal. Durante o processo, o passageiro disse que comprou os medicamentos em Londres. As investigações da Receita Federal apontaram que o baiano tem ligação, inclusive familiar, com um grupo investigado por transportar esse tipo de medicamento de forma irregular para vender em clínicas.
No dia 10 de fevereiro, a Receita Federal também apreendeu, no Aeroporto de Salvador, 681 caixas vazias de embalagens do mesmo medicamento e que tinham sido produzidas no Reino Unido.
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com