Bloqueio promovido por grupo de indígena na BR-101, no início da manhã da última segunda-feira, 07 de julho, entre os municípios de Itamaraju e Itabela já passa de 24 horas. O protesto que segundo lideranças dos indígenas seria de forma passifica em prol ao Marco Temporal, se transformou em um episódio de violência, intolerância e agressividade.

No ínicio da tarde, na tarde uma mulher foi agredida ao tentar atravessar o bloqueio, tendo seu caminhão completamente destruído por manifestantes. Pouco tempo depois, o caminhão foi incendiado, num cenário que deixou motoristas aterrorizados em uma das rodovias mais importantes do país.

A motorista, de 40 anos, voltava de uma entrega em Eunápolis. Segundo ela, ao ver um veículo sendo liberado, pensou que o bloqueio havia terminado e seguiu viagem. O caminhão foi cercado por indígenas armados com pedaços de pau, lanças e outros objetos.

Após a depredação, a mulher foi retirada do veículo, obrigada a gravar um vídeo dizendo que não havia sido agredida e conduzida para fora da área, em seguida, os manifestantes atearam fogo no caminhão. Mais tarde, já na delegacia, a empresária contou que foi puxada pelos cabelos, levou tapas, sofreu agressões psicológicas e teve o rosto marcado com urucum. A vítima relatou ainda que dois celulares foram levados. 

As imagens e relatos indicam que o movimento perdeu o caráter de manifestação legítima e assumiu uma postura radical, gerando medo e insegurança. A população cobra ação imediata das autoridades para garantir o direito de ir e vir, ao mesmo tempo em que pede respeito às causas indígenas, sem violência.

Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com

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