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Por: Gutemberg Stolze
21/11/2025 - 02:51:59

 

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP 30, sediada em Belém (PA), tem sido marcada por uma série de escândalos e controvérsias que ameaçam manchar a credibilidade do evento. A seguir, os principais pontos de investigação e crítica, com ênfase nas declarações de atores internacionais e nacionais.

 

1. Panorama dos Gastos e Investimentos

  • O custo total da COP 30 tem sido estimado em cerca de R$ 5 bilhões para a preparação da cidade de Belém;

 

  • Um contrato específico, no valor de R$ 478,3 milhões, foi firmado entre o governo brasileiro e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), sem licitação, para a organização da cúpula;

 

  • A Transparência Internacional – Brasil denunciou falta de informações em contratos e licenças ambientais: havia obras no valor de R$ 2,8 bilhões envolvidas, sem dados públicos suficientes sobre licenciamento.

 

2. Declarações da ONU

  • Segundo reportagem da The Guardian, o órgão citado como “o escritório climático da ONU” convocou reunião de emergência para lidar com os valores astronômicos de acomodação para delegados;

 

  • A Comissão Internacional de Serviço Civil da ONU elevou a “daily subsistence allowance” (ajuda diária para delegados) de US$ 144 para US$ 197 para 144 países em desenvolvimento, em resposta à crise de hospedagem em Belém;

 

  • Uma missão de alto nível da ONU visitou Belém previamente e declarou “total apoio” aos preparativos logísticos, apesar das críticas posteriores à infraestrutura.

 

3. Pressão da Alemanha e outros países

  • Em Bonn (Alemanha), delegados de vários países criticaram a logística da COP 30, especialmente pela falta de quartos de hotel e os preços elevados;

 

  • Em resposta às cobranças, a organização da COP minimizou os problemas, afirmando que a “dimensão simbólica” de sediar o evento na Amazônia justificava os riscos logísticos;

 

  • A chancelaria alemã, bem como outras delegações europeias, manifestou preocupação com os custos e a infraestrutura limitada de Belém, chegando a pressionar por alternativas ou garantias. (relatos de bastidores).

 

4. Controvérsia sobre os navios de hospedagem (“show flutuante”)

  • Para suprir o déficit de hospedagem, o Brasil contratou dois navios de cruzeiro (MSC Seaview e Costa Diadema), oferecendo cerca de 6.000 leitos;

 

  • O contrato para os navios, segundo dados, foi de R$ 263 milhões, via Embratur;

 

  • A decisão suscitou críticas por ser um “hotel flutuante” que, segundo opositores, contradiz o caráter ambiental de uma conferência de clima (já que navios são fontes de emissão). Reportagens também mencionam que até o presidente Lula se hospedaria em um dos navios.

 

5. Aluguel de navio por Lula

  • Circulam denúncias de que Lula teria alugado um iate ou embarcação de luxo para se hospedar durante a COP, coberto por recursos públicos. Apesar da repercussão, não há confirmação transparente de todos os valores por parte do governo até o momento;

 

  • Para críticos, essa escolha simbólica reforça a narrativa de ostentação para um evento climático global, levantando questões éticas sobre o uso de recursos para hospedagem presidencial.

 

6. Invasão / Protestos na COP 30

  • No dia 11 de novembro, manifestantes (incluindo lideranças indígenas) invadiram o local do evento, segundo registros, ocorrendo confronto com a segurança;

 

  • A ONU reportou que dois agentes de segurança ficaram feridos durante o protesto;

 

  • Além disso, houve uma “barqueata” de dezenas de embarcações precárias de comunidades locais (“barqueata por justiça climática”), o que simboliza a mobilização civil contra a forma como o evento foi estruturado na Amazônia. 

 

7. Incêndio na Zona Azul (Blue Zone)

  • Em 20 de novembro, ocorreu um incêndio na chamada “Zona Azul” da conferência (área de negociações), que levou à evacuação de delegados;

 

  • De acordo com a apuração, 21 pessoas receberam atendimento: 2 por ansiedade, outras 19 por inalação de fumaça; não há relatos de queimaduras graves;

 

  • Autoridades dizem que o fogo pode ter relação com falhas no sistema elétrico nas estruturas temporárias;

 

  • O incidente gerou forte repercussão política: parlamentares já falam em Comissão Parlamentar para apurar “escândalo internacional”. 

 

8. Falha de Transparência e Críticas Éticas

  • A Transparência Internacional apontou que muitos contratos relevantes (obras, estruturas temporárias, licenciamento ambiental) não têm dados públicos completos, o que dificulta a fiscalização;

 

  • Há risco reputacional para o Brasil: enquanto se debate financiamento climático, parte dos recursos parece ser usada para construções simbólicas ou de alto custo, com controle institucional insuficiente.

 

09. Consumo de diesel na Cop 20

  • Os dois navios Cruzeiros consomem cada um, 135 litros de diesel por hora, um total de 6.480 litro por dia. Em 15 dias de aluguel, os navios consumiram um total de 97.200 litro de diesel durante a Cop 30;

 

  • Com 180 geradores de 80.000 kva, alugados e funcionando por 15 dias, com consumo médio de diesel de 16.000 litros por hora, cada gerador consumiu 384 mil litros de diesel por dia. Baseado nestes dados, os 180 geradores consumiram nos 15 dias de operação na Cop 30, 921 milhões e 600 mil litros de diesel. 

 

10. Conclusão e Repercussão

  • Esses escândalos alimentam uma narrativa de hipocrisia ambiental: um evento global para discutir crise climática que, por trás dos holofotes, envolve gastos bilionários, questionamentos éticos e logísticos;

 

  • Organismos internacionais (ONU) já aumentaram a pressão por mais transparência e assistência a delegações mais pobres;

 

  • A população local e ativistas apontam que o “legado ambiental” prometido para Belém pode estar sendo eclipsado por obras mal planejadas, contratos opacos e riscos operacionais graves (como incêndios e mobilizações sociais);

 

  • A COP30, para muitos críticos, se torna não apenas um fórum de negociação climática, mas também um caso-piloto sobre a necessidade de tornar eventos globais mais justos, acessíveis e responsáveis.

 

 

Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com

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