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Por: Gutemberg Stolze
06/07/2025 - 11:33:24

 

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) revelou em denúncia que Joneuma Silva Neres, então diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, teria ordenado o sequestro e assassinato de um jovem no ano passado. De acordo com o documento, obtido pela reportagem, o crime estaria diretamente relacionado a publicações feitas pela vítima nas redes sociais, por meio de uma página de fofoca, onde ela chamava Joneuma de "miliciana" e denunciava supostos esquemas de corrupção dentro do presídio.

 

O Bahia Notícias segue destrinchando a denúncia do MP-BA contra Joneuma. A reportagem identificou que, segundo os autos do processo, um inquérito policial apurou que a ex-diretora teria solicitado pessoalmente ao seu companheiro, “Dadá”, líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis, que "desse um jeito" no jovem. Os diálogos interceptados pela polícia mostram que a diretora ficou incomodada com as denúncias públicas feitas por Alan Queven dos Santos Barbosa, de 22 anos, que incluíam acusações de que ela facilitava a entrada de produtos ilícitos no presídio e trabalhava politicamente para certos candidatos.

 

Joneuma ficou muito irritada com as publicações e, segundo informações obtidas, aquela teria solicitado ao seu amante Dada que ‘desse um jeito’ no autor daquelas postagens. O certo é que dias depois da identificação do proprietário da página no Instagram, ou seja, no dia 07 de junho de 2024, a vítima Alan Queven foi sequestrada no interior de sua residência”, detalha a denúncia.

 

O crime ocorreu em 7 de junho de 2024, quando Alan foi sequestrado em sua própria casa, no município de Eunápolis, por dois integrantes da facção, um deles identificado como Marcos Vinicius Tavares Ferreira Santos, vulgo "Gago". A vítima foi levada para um local conhecido como "desembolo", uma espécie de tribunal do crime mantido pela facção, onde as execuções eram comumente realizadas de forma brutal, geralmente a pauladas ou pedradas.

 

“O Ministério Público que a pena principal decidida nestas sessões criminosas denominadas de ‘desembolo’ é a de uma morte cruel para a vítima, normalmente executada a pauladas ou pedradas, como forma de mandar um aviso para os ‘desobedientes’”, diz a denúncia do MP-BA.

 

Alan Queven chegou a ser preso na manhã do dia 7 de junho de 2024, sob acusação de gerenciar um perfil no Instagram utilizado para divulgação de injúrias, difamações e notícias falsas na região. Ele foi abordado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência.

 

Ele chegou a ser retornar para sua moradia ainda pela manhã, mas, segundo o site Eunanews, conhecido na região de Eunápolis, o jovem Alan foi chamado à porta por volta do meio-dia, saiu de casa e nunca mais retornou.

 

Testemunhas ouvidas na investigação do MP-BA afirmam que o corpo de Alan nunca foi encontrado, caracterizando um caso de desaparecimento forçado.

 

 

 

Fonte: Bahia Notícias

Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com

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