A facção criminosa Los Lobos, a segunda maior do Equador, assumiu o assassinato do candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio, ontem quarta-feira 0908. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o Los Lobos toma para si a autoria do crime e também ameaça outros políticos, incluindo um outro presidenciável. Nas imagens, integrantes aparecem encapuzados e armados.
“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, serão dispensados. Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo”, anunciou o grupo de homens.
Como noticiou o Conexão Política, seis suspeitos foram presos por possível envolvimento no assassinato de Villavencio. Não se sabe, ainda, se eles pertenciam ao grupo. Ao todo, estima-se que o Los Lobos tenha em torno de 8 mil integrantes, com atuação, principalmente, no tráfico internacional de drogas.
Villavicencio externou, na semana passada, que vinha recebendo ameaças da facção Los Choneros, especializada em extorsão, tráfico de drogas e homicídios. Até o fechamento desta matéria, as autoridades equatorianas, contudo, não haviam vinculado oficialmente a morte de Fernando Villavicencio ao Los Lobos.
Em pronunciamento na madrugada desta quinta-feira (10), o presidente do Equador, Guillermo Lasso decretou estado de exceção no país. Mesmo após o assassinato Fernando Villavicencio, um dos principais candidatos à presidência da República, o atual mandatário assegurou que as eleições presidenciais estão mantidas para o dia 20 de agosto.
Após assassinato de candidato, eleições no Equador acontecerão dia 20 de agosto
“Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse Lasso, condenando as investidas contra Villavicencio. Todas as autoridades aqui reunidas se manterão juntas. Acordamos que as eleições não serão suspensas; ao contrário, elas precisam ser realizadas e a democracia precisa acontecer”, discursou o chefe do Executivo Federal do Equador.
Fonte: Conexão Política
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com