PORTO SEGURO | Deputado Federal Dal Barreto tem seu nome veiculado à facção após aparecer em foto

Por: Gutemberg Stolze
19/10/2025 - 14:58:04

 

Porto Seguro volta às páginas policiais após o deputado federal baiano Dal Barreto ser alvo da 6ª Fase da Operação Overclin no aeroporto de Salvador no último dia 14 de outubro. O deputado e empresário Dal Barreto teve seu celular apreendido, foi conduzido a uma delegacia, onde prestou depoimento sobre seu suposto envolvimento em fraude bilionária.

 

Atualmente, Dal Barreto possui dois postos de combustíveis em Porto Seguro, um na Av. Edno Musse, às margens da BR-367, ao lado do aeroporto, e o outro no bairro Taperapun, também, às margens da BR-367 na Orla Norte de Porto Seguro. A situação gerou grande repercussão em Porto Seguro, especialmente pelas constantes descobertas de pessoas e empresas que se instalam, adquirem bens e imóveis para lavagem de dinheiro e golpes.

 

Principais apontamentos e suspeitas:

 

6ª Fase da Operação Overclean 

• Na terça-feira, 14 de outubro, o parlamentar foi alvo da Operação Overclean, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU);

• Durante a ação, ele foi abordado no Aeroporto de Salvador, teve seu celular apreendido e mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sua casa em Amargosa (BA), além de locais ligados a seus negócios familiares;

• A investigação apura crimes como fraude em licitações, desvio de emendas parlamentares, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, e possível organização criminosa.

 

Foto com “Beto Louco”, líder de facção criminosa, operador da máfia dos combustíveis

 

• No último sábado, 18 de outubro de 2025, circulou nas redes sociais e veículos de imprensa uma foto que supostamente retrata o deputado Dal Barreto em encontro com Roberto Augusto Leme da Silva, mais conhecido como “Beto Louco”, figura investigada por atuar em esquemas bilionários relacionados a uma facção criminosa;

• Segundo apuração, o Beto Louco é apontado pela PF como um operador de rede de fraudes fiscais, lavagem de dinheiro e movimentações financeiras ligadas à facção criminosa, especialmente atuando no setor de combustíveis;

• Essa suposta aproximação levanta suspeitas quanto à possível conexão entre o deputado federal e integrantes da estrutura financeira da facção que tem como indícios, a quantidade de postos de combustíveis da 'Rede Dal', empresa do deputado baiano, que segundo as investigações, aumentou consideravelmente a quantidade de postos após assumir o mandato de deputado federal.

 

Contexto e implicações políticas

 

• A Operação Overclean já investiga supostos desvios de recursos de emendas parlamentares e convênios superfaturados em prefeituras baianas;

• Há indícios de que o esquema investigado pode ter ramificações em lavagem de dinheiro de grandes proporções, o que tornaria a suposta ligação com operadores de uma facção criminosa ainda mais grave;

• O fato de haver uma fotografia pública de encontro entre o deputado e uma figura com investigação aberta pode pressionar politicamente e gerar demandas por esclarecimentos imediatos de sua parte.

 

Postura institucional e reações até agora

 

• Até agora, o deputado Dal Barreto não divulgou nota oficial pública comentando especificamente a foto ou a possível ligação com “Beto Louco”;

• Sua defesa ou assessoria ainda não se manifestou com detalhes sobre circunstâncias do encontro ou esclarecimentos sobre eventual relação com os investigados;

• A PF e órgãos de controle têm anunciado sigilo em partes da investigação, o que é habitual em operações em curso, mas impede que muitas acusações sejam confirmadas ou negadas oficialmente neste momento.

 

Recomendações e alertas para o público e imprensa

 

• Trata-se de uma investigação em andamento: muitas das conexões apontadas ainda não foram confirmadas judicialmente ou em relatório final;

• A exposição de uma fotografia ou evento público não constitui prova plena de envolvimento criminoso — cabe à investigação e ao Poder Judiciário confirmar ou descartar acusações;

• É importante acompanhar os desdobramentos oficiais (PF, STF, CGU) e estar atento à transparência do parlamentar quanto aos seus atos e audiências;

• A imprensa deve buscar direito de resposta e prestar informações equilibradas, evitando prejulgamentos, até que haja sentença ou decisão definitiva.

 

 

Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com

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