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Por: Gutemberg Stolze
20/02/2024 - 23:50:49

 

Numa sessão acalorada no Senado nesta terça-feira 20/02, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, pediu que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva se retrate da comparação do conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza com o Holocausto. Pacheco, enfatizando a gravidade das declarações de Lula, afirmou que tais analogias são injustificáveis, independentemente da força da resposta militar de Israel.

 

 

“Uma comparação entre a situação atual em Gaza e o Holocausto, não importa o contexto, é inadequada e requer uma retratação”, afirmou o senador, destacando o papel de Lula como líder global conhecido por promover o diálogo e a paz entre as nações.

 

O debate se desenrolou à medida que as tensões aumentavam em torno dos comentários de Lula, que receberam condenação rápida das autoridades israelenses. O senador Omar Aziz levantou-se em defesa do petista, desafiando Pacheco a caracterizar os eventos em Gaza.

 

“Vossa excelência poderia me tipificar o que está acontecendo lá, com a morte de 10 mil crianças e mulheres, e até agora, quantos terroristas do Hamas, porque são terroristas, foram mortos ou presos pelo Estado de Israel?”, questionou o amazonense.

 

 

A intervenção dele destacou a complexidade do conflito Israel-Palestina, levando Pacheco a discursar sobre o equilíbrio entre condenação e diplomacia.

 

“Ao reconhecer a necessidade de paz e reconciliação, é imperativo reconhecer a sensibilidade de equiparar qualquer conflito contemporâneo ao Holocausto”, reiterou Pacheco, tentando dissipar as tensões no plenário do Senado.

 

Pachevo destacou que seu discurso não tem a intenção de repreender o chefe do Executivo

 

“Não há de minha parte nenhum tom de polemização, tampouco de reprimenda ao presidente da República. É apenas uma conclamação na busca de pacificação e de reconhecimento na parte em que há comparação de qualquer acontecimento desta natureza com o Holocausto do povo judeu. É algo absolutamente indevido e impróprio e que mereceria um pedido de retratação e de desculpas”, finalizou.

 

Os comentários de Lula ecoaram além das fronteiras brasileiras, levando Israel a declará-lo “persona non grata”

 

O governo israelense convocou o embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, para uma reprimenda, o que desagradou ao Itamaraty. Em resposta, o Palácio do Planalto chamou Meyer de volta e também se reuniu com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Segundo apuração da reportagem, Lula não está disposto a pedir desculpas por seus comentários.

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